Já há bastante tempo que não apareço por aqui! Pois é, os dois anos de Covid19, nos quais pouco ou nada viajei, assim com alterações na minha vida profissional, canalizaram toda a minha energia e tempo para outros pensamentos e afazeres.
Estou de volta! E cm muitas saudades de partilhar as minhas fotos e experiências.
Começamos muito bem, com uma visita a uma parte do Alto Alentejo, neste meu bonito país que é Portugal!
Eu e o meu marido decidimos passar a Páscoa no Alentejo. Escolhemos como base Portalegre, para visitar um pouco este Distrito que fica na Serra de S. Mamede e à sua volta, e faz fronteira com Espanha.
A distância, entre Lisboa a Portalegre, fica entre 200 km e 250 km, 2h43m. Podemos viajar pela A1 e depois tomar a A13, no Entroncamento, passando Nisa e Alpalhão, cerca de 245km, 2h43m. Outra alternativa é atravessar a ponte Vasco da Gama, tomar a A33 em direção ao Infantado, seguir para o Couço, Ponte Sor e Alter do Chão, cerca de 214km, 3h22m ou, ainda, apanhar a A2, direção sul, depois de atravessar a ponte 25 de abril, tomar a A6 para Espanha, passando por Setúbal, Montemor-o-Novo, Évora e Estremoz, cerca de 241 km, 2h51m.

Mas nós decidimos ir mais para dentro do Alentejo profundo. Fomos de Lisboa a Portalegre pela A2 e A6, mas em Montemor-o-Novo cortámos para Arraiolos, porque queríamos visitar esta Vila, depois Estremoz que é uma cidade muito bonita para se visitar, mas não o fizemos desta vez. Cerca de 235 km, 2h53m. No regresso tomámos o IC13 em direção ao Crato, seguindo-se Alter do Chão, Avis e Pavia, Arraiolos, Montemor-o-Novo e tomámos a A6 e depois A2 em direção a Lisboa, 236 km, 2h37m.
Ainda são uns bons quilómetros, mas vale a pena visitar esta região, principalmente nesta altura do ano, em que a Primavera deixa os campos matizados com as cores de muitas florzinhas que brotam nos campos, e as maravilhosas estevas.

Arraiolos
Parámos em Arraiolos principalmente para ver os belíssimos tapetes que aqui são produzidos. Por ser sexta-feira Santa pensámos que não íamos ter sorte porque estaria tudo fechado, mas tivemos sorte, e vimos inclusive as bordadeiras a bordarem os mesmos e visitámos o Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos.
Arraiolos é uma simpática vila alentejana, cuja fundação remonta ao séc. II a.C. O castelo medieval foi mandado construir por D. Dinis (1279-1325), tendo a povoação evoluído fora das muralhas. Do património artístico destaca-se ainda a Igreja do Salvador, do séc. XVI, com belíssimas pinturas. in visitportugal
O Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, instalado no antigo Hospital do Espírito Santo, situa-se na bonita Praça do Município onde em 2003, durante as obras de requalificação, foram descobertas inúmeras fossas o que indica ter sido um complexo de tinturaria de grandes dimensões.






O Tapete de Arraiolos tem a sua origem lá bem atrás no tempo, com influência do Império Otomano e Persa. Entretanto, foram sendo introduzidos motivos populares pelas bordadeiras.


Seguimos para Portalegre, já ao fim da tarde. Através do booking.com descobrimos um hotel bem situado, quatro estrelas, com um preço bastante razoável para duas pessoas, o Hotel Rossio. Mas claro, a reserva foi feita ainda em fevereiro, o que nos deu a possibilidade de encontrar melhores preços. Um hotel com aspeto bastante moderno, mas afinal já tem uns anos. O quarto era bom e o pequeno almoço fantástico, assim como o staff!
Já tínhamos marcado um restaurante, escolha TripAdvisor e Travellers’ Choice Michelin

O hotel fica no sopé da Serra de S. Mamede e o restaurante fica no topo da cidade velha. Temos de subir as ruas empedradas, o que se traduz num passeio muito bonito entre o velho casario e, também, uma forma de fazer a digestão após a refeição.
Este restaurante tem principalmente pratos de carne, mas nós pedimos peixe, visto ser sexta-feira Santa. E foi fenomenal! Comida muito bem feita, muito saborosa!
Escolhemos para entrada, cogumelos shiitake salteados em azeite e alho e cabeça de xara. Esta última leva pessoas a fazer trezentos quilómetros só para a degustar e, às vezes, está esgotada. Seguiu-se filetes de peixe galo com arroz de tomate que não podia estar melhor! Bebemos um conventual reserva branco que, para mim, foi uma agradável surpresa. Para sobremesa dividimos uma sericaia. Foi uma excelente escolha este restaurante!



No sábado, não tínhamos restaurante marcado, mas através de uma pesquisa no google, encontrámos vários restaurantes e acabámos por escolher a Petisqueira Migas, perto do hotel. Como o nome indica, este restaurante serve petiscos. Bem confecionado e preços muito acessíveis. À boa maneira portuguesa, foi um jantar com elevado teor de colesterol, mas com o que andámos a pé estes dias e o vinho tinto da casa, ajudaram certamente a dissolver muito bem tudo que ingerimos.




Antes de regressarmos a Lisboa, já no domingo de Páscoa, fizemos uma visita à cidade velha. Repito, merece a pena. O que é de lastimar, é o facto de deixarem os carros entrarem nesta zona da cidade, devia ser permitido só aos locais e com regras. Claro, e fazerem parques de estacionamento à entrada destas cidades e vilas para se preservar o património.





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