As montanhas Tatra fazem parte da cordilheira dos Cárpatos, no Leste Europeu e formam uma fronteira natural entre a Eslováquia e a Polónia. Tanto o lado Eslovaco, quanto o Polaco são áreas protegidas de parques nacionais e são destinos muito procurados para a prática de desportos de inverno e de verão. Nestas Montanhas encontram-se animais selvagens, como camurças de Tatra, marmotas, linces e ursos.
O ponto mais alto destas montanhas é Lomnický Stit com 2634 m.


Era um destino que eu queria muito visitar. E, este ano, com todas as condicionantes por causa do Covid 19, foi ideal para a nossa visita. Mas não foi fácil. Como tenho passaporte português, e como as Autoridades Eslovacas não deixavam entrar turistas por via aérea, só por fronteiras terrestres, e os estrangeiros tinham que comprovar que tinham estado 14 dias num dos países que tinham permissão para entrar no País, como a República Checa, só na última semana de férias conseguimos viajar para lá.
Ficámos numa povoação fantástica no sopé das montanhas, Sibír, no aparthotel Tatra Travel Smokovec, típico albergue de esquiadores.

Um local fabuloso, com as montanhas mesmo ali ao pé de nós, bons restaurantes e um pequeno apeadeiro que servia uma linha férrea que liga todas as povoações daquela zona. Comprámos um passe no hotel que nos deu para viajar de comboio e para nos dirigirmos aos pontos que queríamos visitar.

Como montanhas que são, todos os passeios pedestres têm acesso em altitude e para isso tínhamos que apanhar teleféricos, subir e subir e depois descer a pé, por passagens deslumbrantes, ar puro e, ao fim do dia, dores nos joelhos por causa das descidas.
Iniciávamos as nossas expedições sempre cedo, porque a partir do meio dia começavam a formar-se nuvens à volta dos picos e acabava em trovoadas e chuvas fortes. Mesmo assim num dos dias tivemos de nos recolher, bem como os Eslovacos, num restaurante de montanha porque nos caiu um dilúvio em cima.

A Eslováquia é um País muito bonito, com pessoas muito pacatas, bastante simpáticas. Este pedaço que vimos do País, a norte, é deslumbrante. Estas montanhas, vistas de qualquer ângulo, são de cortar a respiração.
Entretanto, descobrimos que a mais, ou menos a 20 kms de local onde estávamos, havia uma estância termal pública. Num dos dias, fomos até lá. Paga-se 7 euros de entrada e pode -se frequentar todas as Termas, balneários e restaurantes. São muito frequentadas pelos Eslovacos, e nós devíamos ser os únicos estrangeiros.
Chamam-lhe Park Termal e fica em Vrbov. Tem 2000 metros de profundidade e atinge à superficie 59Cº. Estas geotermais águas têm efeitos muito positivos para o corpo humano. A sua composição, é a mais rica de toda a água mineral na Eslováquia
Nunca vi nada assim.
A piscina, Campo de Borboletas, tem uma temperatura entre os 36º e os 38º. Tem bancos onde nos podemos sentar e ficar a desfrutar aquele torpor que nos dá água quente. A piscina ao lado, com 35 m, para se nadar, tem uma temperatura de 26º, com jatos de massagem. E outra, ainda, com 50 metros, para se relaxar em águas a uma temperatura de 30º. Tem também duas piscinas para as crianças.
Andámos a saltitar de piscina em piscina. Isto ao fim do dia, depois de termos feito hicking o dia todo. Não podíamos pedir melhor.

E, claro, andámos a provar as iguarias da região. Langoš, que é uma espécie de filhó da beira com queijo e alho em cima. Delicioso! E joelho de porco, ainda mais delicioso, num dos restaurantes a que os Eslovacos chamam de Koliba. Um tributo aos abrigos que os pastores tinham no passado.


E a visitar outros locais, igualmente fantásticos, como o Castelo de Spiš. Este Castelo é um dos maiores castelos, em ruínas, da Europa Central. Construído entre os séculos XIII e XIV, em estilo românico e gótico, faz parte do Património Mundial da UNESCO desde 1993.


Mesmo em tempos tão difíceis como este que todo o Mundo está a passar, termos conseguido fazer estas férias, fica para sempre na nossa memória!